Serra Azul Water Park-Principais Riscos
Os riscos que a própria Companhia enxerga e assume, relacionados as suas atividades
Pandemias e outros Fatores Externos: Desde 2020, com a eclosão da pandemia mundial do Corona Vírus (Covid-19), o Brasil passa por um período de calamidade pública durante o qual diversas atividades empresariais foram severamente afetadas por medidas governamentais que impuseram regras e restrições com o objetivo de evitar aglomerações de pessoas e barrar a disseminação mais rápida da doença. No caso dos parques temáticos, o governo do estado de São Paulo chegou a impor a interrupção total desse tipo de atividade durante diversos meses nos anos de 2020 e 2021, intercalados com outros períodos em os parques puderam operar com no máximo 40% de sua capacidade operacional, acarretando em relevantes e inesperadas perdas para a companhia. Esse tipo de risco não está sob o controle do emissor, que em casos como esses pode apenas adotar medidas paliativas para minimizar as suas perdas, já que a natureza de sua atividade não possibilita a entrega de seu “produto” de formas alternativas, como em outras modalidades de negócio.
Clima: É uma variável de forte impacto em qualquer parque temático, principalmente em um parque aquático, onde a temperatura, a incidência do sol e as precipitações pluviométricas tem forte influência sobre o fluxo de público. A sazonalidade desse tipo de empreendimento, em que uma parte substancial de seu faturamento é concentrada em feriados, férias escolares e meses mais quentes (primavera e verão), chamados de “alta temporada”, pode agravar substancialmente esse fator de risco, na medida em que a eventual incidência anorn1al de chuvas ou baixas temperaturas nesses períodos de maior expectativa de faturamento pode comprometer de forma irremediável o resultado de todo um exercício.
Danos à imagem: Qualquer evento que possa produzir repercussões negativas junto aos meios de comunicação e/ou redes sociais, relativos a incidentes ou acidentes relevantes envolvendo visitantes, funcionários, entidades governamentais, comunidade ou terceiros em geral, mesmo que eventualmente ocorridos em outros parques que não o da companhia, tem o potencial de gerar prejuízos ao negócio, uma vez que situações como essas, quando não conduzidas de forma adequada, podem disseminar a insegurança ou rejeição de forma generalizada e afetar negativamente, em maior ou menor grau, todo o segmento econômico. Apesar desse risco ser inerente à atividade, desde a implantação do parque Wet’n Wild nunca ocorreram acidentes ou incidentes relevantes que ocasionassem danos à imagem da companhia, o que evidencia o sucesso das ações de sua administração voltados para o cuidado pern1anente com a segurança de suas operações, o respeito, a ética e a lisura no relacionamento com seus clientes, funcionários, órgãos governamentais e sociedade em geral.
Qualquer mudança na política de investimentos dos atuais controladores do emissor pode ter forte impacto nas decisões internas sobre novas implantações de equipamentos e atrações. No caso específico de Fundos de Pensão, existem marcos legais que estipulam limites de participação e investimentos em empresas coligadas ou controladas, que podem afetar índices de investimento das mesmas.
Uma eventual mudança no controle das empresas acionistas do emissor podem modificar a estrutura de formação do conselho de administração e, consequentemente, gerar mudanças nas políticas de investimento da companhia.
O que mais poderia afetar a política de decisão de investimento da Companhia com relação a seus fornecedores é a estrutura de preços dos produtos e serviços adquiridos, pois uma eventual majoração excessiva implicaria em um comprometimento do fluxo de caixa da empresa, com a consequente redução dos resultados operacionais, visto que grandes repasses não poderiam ser feitos ao preço final oferecido ao consumidor do parque, sob o risco de redução do consumo médio de seus frequentadores.
A Companhia, assim como as demais empresas do Setor de Parques no Brasil, depende da importação e fornecimento de produtos estrangeiros por não existir produção nacional relevante de equipamentos para parques temáticos, sendo este um risco constante de restrição de alternativas e de opções de negociação.
Como o setor de parques temáticos no Brasil é ainda composto de poucos empreendimentos, quaisquer fatos negativos ocorridos em parques concorrentes, podem afetar o setor como um todo.
O setor de parques está inserido no segmento econômico de “Turismo”, portanto, intimamente ligado ao eventual crescimento ou queda desta atividade no país.
Impostos de Importação: Pela grande dependência que a Companhia e todo setor de parques temáticos no Brasil tem de fornecedores estrangeiros, visto que não há produção nacional relevante dos equipamentos de diversão necessários para sua constante renovação, qualquer modificação de alíquotas tributárias incidentes sobre importações afeta diretamente a decisão de investimento em novos ativos.